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Arquitetos: Guillaume Jean Architect & Designer
- Área: 122 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:João Morgado
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Fabricantes: Abvent, Adobe Systems Incorporated, AutoDesk, Banema, Cinca, GRAPHISOFT, Robbialac, Wicanders
“Uma simples casa, um abrigo, recordações, remodelação” eram os desejos do cliente. A casa já existia, onde se podia ver nela, o abandono, as marcas do tempo, os seus defeitos e as suas transformações ao longo dos anos.
Era uma casa modesta e muito pequena, onde viviam felizes a família de um agricultor. A casa foi construída pelo próprio, como era feito outrora, com os materiais mais nobre da arquitetura, a pedra e a madeira. A casa era rodeada por uma eira, árvores no quintal onde as crianças podiam brincar. Membros da família foram deixando o ninho como determina a lei da vida, o agricultor foi levado pela vida e a casa permaneceu solitária lutando contra o tempo.
Voltar para casa, era o desejo do cliente. Reconstruir as vivencias da casa, era o desafio. Quando era criança, a casa parecia grande, hoje aparenta pequena. Como ampliar a casa sem perder a sua identidade? Como cuidar da velhice da casa e das suas valências?
Unir o barraco existente a casa, foi a solução. O telhado em madeira de carvalho foi reconstruído com madeira velha, da mesma feição construído pelo agricultor. As tábuas de piso em madeira de carvalho foram totalmente substituídas. Analogia ao antigo espigueiro, encontra-se o WC do quarto principal, com as suas ripas de madeira em carvalho na fachada. Por fim a casa transformou-se num abrigo, onde as madeiras voltaram a criar a harmonia e o conforto caloroso dos dias de inverno. O telhado voltou a erguer-se para ser ator do espaço. A casa voltou a abrigar, um novo amor, uma nova família e a menina crescida voltou para velha casa onde nasceu.